Pela Defesa dos Direitos Humanos na Política Externa Brasileira

Janeiro de 2013

ALÉM DE MONITORAR a atuação da política externa brasileira através da sua participação como membro do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa (CBDHPE), em Brasília, Conectas tem fortalecido outras frentes de atuação com o objetivo de dar maior visibilidade ao posicionamento do Brasil em sua política externa, principalmente em casos de violações de direitos humanos. Para tanto, ações como a interlocução direta com autoridades públicas e stakeholders relevantes em Brasília, articulações com parceiros e o uso estratégico da mídia, têm sido fortes ferramentas para expor e aumentar o custo político do governo brasileiro, bem como a transparência, nos casos que envolvem direitos humanos, tais como:

Direitos Humanos: O mundo em 2013

No final de 2013, Conectas lançou um mapa indicando algumas das principais crises de direitos humanos vividas em 2013, relacionando com ações concretas realizadas pela organização. Leia mais aqui e aqui.

 

 

Da guerra na Síria às manifestações em São Paulo, o mapa da Conectas em 2013 repassa as principais frentes de luta. Ao clicar sobre a seta, o mapa indica algumas das principais crises vividas nos últimos 12 meses, relacionando com ações concretas da organização em favor de suas vítimas

 

2d-1Podcast sobre os principais pontos do discurso feito por Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da ONU

Conectas analisou os principais pontos do discurso feito pela Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. A fala da presidente foi marcada pelo rechaço à espionagem americana contra correspondências sigilosas do Brasil e pela oposição a qualquer ação militar na Síria. Leia mais aqui.

 

 

2d-2Sabatina da Embaixadora do Brasil em Genebra

Para exercer o cargo de Delegada Permanente do Brasil em Genebra, a embaixadora Regina Maria Cordeiro Dunlop passou por sabatina com os senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal. Na ocasião, Conectas submeteu sete sugestões de perguntas relacionadas à participação do Brasil nos órgãos de direitos humanos da ONU. Dentre as perguntas sugeridas, duas foram feitas pelos senadores à embaixadora. A participação da sociedade civil nas sabatinas garante maior transparência e diálogo com a sociedade civil sobre a cooperação brasileira no âmbito internacional. Leia mais aqui.

 

 

 

2d-3Ministro, eu#QueroSaber

Para ampliar a participação do público no diálogo sobre direitos humanos e política externa, Conectas lançou sua primeira campanha online, o Ministro, eu#QueroSaber. Durante os quatro dias que a campanha ficou no ar, Conectas pôde colher 30 perguntas submetidas pelo público, através do Facebook. Todas as perguntas colhidas pelas redes sociais foram enviadas, por escrito, a todos os membros da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado para a sabatina do então Ministro nomeado, Antônio Aguiar Patriota. A iniciativa #QueroSaber mostrou que há um grande interesse dos brasileiros por política externa, especialmente no que tange os direitos humanos. Uma segunda edição da campanha Ministro, eu#QueroSaber foi realizada em fevereiro de 2014, durante a audiência do chanceler Luiz Alberto Figueiredo. Dos 5 senadores que tomaram a palavra ao longo da sabatina, 4 mencionaram as questões compiladas e enviadas pela Conectas.

 

2d-4

 

Campanha pelo apoio do Brasil na investigação de crimes na Coreia do Norte.

2d-5Na Coreia do Norte, cerca de 200 mil pessoas vivem em campos de trabalho forçado. Em março de 2013, o Conselho de Direitos Humanos da ONU criou a Comissão de Inquérito para investigar as décadas de abusos e impunidade do regime norte-coreano contra seus cidadãos. Conectas lançou uma campanha pedindo o apoio do Brasil na adoção da resolução e para não repetir a posição ambígua adotada pelo país em 2009, quando se absteve em votação. Quase 200 pessoas se uniram à campanha, repartindo mensagens nas redes sociais e enviando e-mails para à Embaixada do Brasil em Genebra. O pedido de apoio dos brasileiros foi feito pelo norte-coreano Shin Dong-hyuk, que num vídeo gravado pela Conectas, pediu apoio da delegação brasileira no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Shin nasceu num campo de prisão política e trabalho forçado na Coreia do Norte e foi submetido à tortura aos 14 anos, pendurado pela pele da barriga por um gancho de ferro e colocado para queimar sobre uma fogueira.

 

 

EM 2014, CONECTAS continuará defendendo e promovendo os direitos humanos na política externa brasileira, em especial, para aumentar a participação da sociedade nessa discussão, e atuar como um mecanismo de controle no Congresso (freios e contrapesos), seja via ações de advocacy e articulação, ou pressão via estratégias de mídia para pautar o debate e dar visibilidade às ações de política externa do governo brasileiro em descompasso com os direitos humanos.